Um guia sobre a radiografia e os avanços que podemos esperar do diagnóstico por imagem

Quando você quebra um dente, qual é o primeiro exame a ser solicitado pelo odontólogo? A radiografia, certo? Rápido, indolor e não invasivo, o procedimento é o mais antigo entre os diagnósticos de imagem e integra a grande área da radiologia. 

Desde sua invenção, no século XIX, a radiografia evoluiu e tornou-se precursora de exames complexos, como a tomografia computadorizada. Ainda hoje, é parte fundamental da prática médica, sem a qual diagnósticos assertivos seriam praticamente impossíveis. 

Sem falar no campo fértil para o empreendedorismo, considerando todos os caminhos a serem trilhados no futuro. 

Afinal, o que é a radiografia? 

A radiografia é o exame de raio-x, o procedimento mais utilizado para o diagnóstico de imagem. Baseia-se na radiação ionizante para visualização de fraturas, tumores e demais patologias. 

Com ele, é possível “enxergar” o interior do corpo humano e avaliar, por exemplo, órgãos ou estruturas ósseas. 

Devido à extensão de sua aplicação, a radiografia foi ganhando nomes específicos, conforme a área examinada. Por exemplo, o diagnóstico de imagem das mamas é chamado mamografia. 

A radiografia é um dos procedimentos que compõem uma grande especialidade médica, a Radiologia. Por isso, é bem comum que as pessoas confundam os dois termos, apesar de terem conceitos diferentes.  

Além disso, é não invasiva, indolor, simples, rápida e barata. Atribuições que fazem dela um exame largamente utilizado na Medicina. 

Para que serve a radiografia?

A radiografia, como já pontuamos, é o exame de diagnóstico mais comum na rotina médica. Com ele, os profissionais conseguem diagnosticar de tudo, desde uma cárie até tumores em regiões complexas. 

Contudo, além do diagnóstico de doenças e fraturas, o exame permite identificar a presença de corpos estranhos no organismo, a investigação de patologias e o acompanhamento de tratamentos específicos. Como veremos adiante, também é de suma importância na ortodontia para confecção de moldes e aparelhos. 

Por imagens de vídeo em tempo real, como no caso da videofluoroscopia, é possível que intervenções, como cirurgias ortopédicas, sejam guiadas, o que as torna mais seguras e precisas. 

Como a radiografia é feita?

Você sabe o que significa o termo radiografia? Nada menos que desenho ou gravura por raios de luz. Na Medicina, temos uma imagem registrada com o uso de raios-x. 

A radiografia é, na verdade, um dos exames de diagnóstico por imagem mais simples. O princípio básico é mostrar as partes internas do corpo em duas dimensões. Primeiro, um dispositivo emite um feixe de raios-x em uma placa. 

Em seguida, os dados são transferidos para uma máquina, ou computador. Lembrando que o paciente ou a parte a ser examinada deve ficar entre essa placa e o dispositivo, de tal forma que uma sombra seja projetada.  

Como resultado, as imagens são reproduzidas em escalas de cinza, conforme a densidade dos tecidos analisados. 

Por exemplo, partes moles, como os órgãos, saem mais escuros porque absorvem maior quantidade de radiação. Os ossos, por sua vez, saem mais claros porque absorvem menor quantidade de radiação. 

Tipos de radiografia 

Como permite a visualização de diferentes partes do corpo, há também vários tipos de radiografia, a saber:

• Abdômen: indicado para diagnósticos de patologias ou distúrbios intestinais, principalmente quando há sintomas de obstrução ou distensão. Normalmente, é realizado com contraste para facilitar a distinção dos órgãos 
• Seios da face: visualiza as cavidades em torno do nariz, olhos e maçãs do rosto para diagnóstico de sinusite e até tumores
• Tórax: vasto, o rx de tórax permite a visualização de órgãos vitais nesta região, a exemplo do coração, além de ossos e vasos sanguíneos 
• Articulações (tornozelo, joelhos, mãos e ombros)
• Odontológica 
• Coluna 
• Arcos costais 
• Urografia 
• Uretrocistografia 
• Videodefecografia 

Por ser um procedimento de larga aplicação, há outros tipos de raio-x, cada um indicado para a área a ser examinada. 

Que doenças são identificadas com a radiografia?

A partir dos tipos de raio-x, podemos verificar as doenças ou traumas que podem ser diagnosticados pela radiografia. Mas, de forma geral, o exame serve para: 

• Suspeitas de fissuras ou fraturas 
• Tumores 
• Inflamações
• Doenças respiratórias
• Estudos na angiologia e aparelho digestivo (veias, artérias e intestino) 
• Anomalias de postura 
• Dores reumáticas 
• Osteoporose
• Monitoramento e acompanhamento de tratamentos específicos
• Ortodontia

Diante da aplicação em larga escala, praticamente não há contraindicações para realização da radiografia. A exceção, porém, vai para as mulheres grávidas, pois a radiação pode prejudicar o feto. 

Os caminhos da radiografia até aqui 

Pode até parecer coisa de filme, mas até o final do século XIX, para saber o que se passava nos órgãos internos de uma pessoa, era necessário abri-la. 

O cenário permaneceu assim até a descoberta dos raios-x pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen. Foi graças à sua suspeita de que a radiação ionizante conseguia registrar órgãos internos que tivemos a primeira radiografia da história, em 1895.

De lá para cá, o exame foi se popularizando mundo afora, chegando ao Brasil pouco depois de sua descoberta. Registra-se que a primeira radiografia foi feita no país em 1897, durante a Guerra de Canudos, na Bahia. 

Desde o primeiro aparelho de radiografia, trazido para Formiga (MG) até hoje, a radiologia no país passou por momentos importantes. Só para exemplificar, tivemos a criação da abreugrafia, tipo de radiografia para diagnóstico da tuberculose. 

Graças ao exame, a doença que matava centenas de pessoas era diagnosticada mais cedo com custos reduzidos. 

Até hoje, a radiografia se mostra como primordial para o diagnóstico precoce de uma série de doenças. 

Para se ter uma ideia, antes da radiografia, as pessoas morriam de determinados traumas, simplesmente pela impossibilidade de um diagnóstico assertivo. Isso inclui, por exemplo, acidentes cardiovasculares, infartos e câncer. 

Qual é o futuro da radiografia?

A bem da verdade, o futuro da radiografia já começou! Primeiro, pela própria descoberta do raio-x que levou a uma das principais formas para detecção de patologias, após aperfeiçoamentos ao longo dos anos.  

A radiografia é a precursora de técnicas avançadas, como a mamografia, ressonância magnética e os diagnósticos computadorizados. Metodologias que proporcionam imagens mais precisas e obtidas com muito mais rapidez.  

Porém, o futuro não se resume apenas à realização do exame, em si. Graças à radiologia digital, softwares para visualização de imagens auxiliam na captação e disponibilização ágil das mesmas em meio digital.

O registro é feito por sensores e, em seguida, as imagens são enviadas a um computador para análise do radiologista. Também precisamos retomar a emissão dos laudos à distância, solucionando a escassez de médicos em determinadas regiões. 

Dá para empreender com a radiografia?

Com certeza! Aliás, a radiologia se beneficia de forma substancial com toda a evolução da radiografia desde sua invenção. 

Só para exemplificar, temos a emissão de laudos à distância, já que temos a associação entre radiologia e inteligência artificial. Assim, um exame realizado em uma cidade do interior pode ser compartilhado e interpretado em outra cidade.  

Quando se fala em evolução da radiografia e por que empreender na área, precisamos mencionar as tecnologias de gestão. Sistemas como RIS, PACS, imagens na nuvem, editor de laudos e armazenamento possibilita ao gestor salvar informações online por um período de até 20 anos.  

Ao otimizar o atendimento ao paciente, os sistemas de gestão também proporcionam indicadores de desempenho. Isso está intimamente vinculado ao sucesso de qualquer empreendimento. 

Um breve apanhado sobre a radiografia 

Neste artigo, vimos que a radiografia é um exame de diagnóstico de imagem baseado em radiação ionizante. Criado no final do século XIX, evoluiu em técnicas e é um dos procedimentos mais comuns da rotina médica. 

Facilmente aplicado em diferentes partes do organismo, o exame visualiza e viabiliza o diagnóstico de traumas e patologias mais complexas. Também, favorece o acompanhamento de tratamentos.

Ainda que seja o procedimento mais antigo da medicina, no que toca ao diagnóstico de imagem, a radiografia está em constante evolução. Técnicas revolucionárias permitem, por exemplo, a emissão de laudos a distância na telerradiografia.

Isso confere diferencial competitivo para clínicas e hospitais, apesar de ainda despertar desconfiança por parte de profissionais da área. Mas, longe de substituí-los, a chamada radiologia do futuro vem para aprimorar o seu trabalho e otimizar o atendimento ao paciente.