As imagens de raio-x transformaram a medicina e o tratamento de diversas doenças. Graças aos diagnósticos mais precisos, os tratamentos têm sido realizados com maior assertividade, proporcionando a melhora mais rápida e a cura dos pacientes.
Quando se fala em diagnóstico por imagem, a ressonância magnética aparece como um método altamente eficiente para diferenciar as características dos tecidos biológicos de todas as partes do corpo humano.
Trata-se de uma área da radiologia de grande complexidade, mas que promove grandes benefícios para a saúde dos pacientes.
Neste artigo, falamos sobre todos os usos da ressonância magnética, como se dá sua aplicação, as contra indicações e como o paciente deve agir antes e durante a realização de uma exame.
Acompanhe!
O que é ressonância magnética e para que serve?
A ressonância magnética é um método que utiliza sinais de radiofrequência para captar imagens dos tecidos do corpo humano. Na prática, o equipamento cria um campo magnético que funciona como um imã atraindo as moléculas de hidrogênio do corpo.
As moléculas de hidrogênio ficam alinhadas a este campo magnético gerado pelo aparelho. De forma resumida, a imagem gerada é uma exibição dos sinais de radiofrequência que foram emitidos, captados no processo e interpretados pelo computador.
O que a ressonância magnética detecta?
O exame de ressonância magnética detecta várias doenças em todas as partes do corpo humano como articulações, vasos sanguíneos, tórax, crânio, região cervical, medula espinhal, coração e abdome.
O exame é considerado indolor, não invasivo e gera imagens em 2D e 3D de alta definição. Por ser considerado um exame capaz de entregar imagens detalhadas dos tecidos, ele é indicado para identificar problemas como:
- Rastreamento de câncer, tumores, cistos e anomalias.
- Identificação de lesões e anormalidades nos ombros, joelhos, coluna e articulações.
- Diagnóstico de doenças neurológicas.
- Identificação de doenças na medula espinhal.
- Diagnóstico de doenças cardíacas, do fígado, pâncreas e órgãos abdominais.
- Avaliação para identificar endometriose e miomas em mulheres.
- Para observar alterações como coágulos ou aneurismas nos vasos sanguíneos.
Além disso, o exame de ressonância magnética pode ser solicitado por médicos neurologistas para analisar com precisão quadros como esclerose múltipla, Alzheimer, tumores no cérebro, lesões e atrofias nos vasos sanguíneos que podem indicar AVC (acidente vascular cerebral).
Os médicos ortopedistas também utilizam a ressonância para diagnosticar lesões de ligamento, tendinite, hérnias e cistos.
Entenda como funciona a ressonância magnética
A realização do exame de ressonância magnética é feita a partir de uma máquina que provoca a agitação das moléculas do nosso corpo.
O aparelho é composto por um imã principal, bobinas de radiofrequência e bobinas de gradiente, o sistema receptor de imagem e o computador.
Enquanto o campo magnético provoca essa movimentação através do imã principal, as imagens são captadas pelo aparelho e transferidas para o computador.
Em média, o tempo de duração do exame é de 15 a 45 minutos, sendo que em alguns casos, dependendo da área examinada, o tempo pode chegar a 2 horas de duração.
O que é ressonância magnética nuclear
A ressonância magnética nuclear registra as imagens através de cortes nas estruturas corporais de forma semelhante a tomografia computadorizada, mas com mais detalhes e maior nitidez.
O que é ressonância magnética com contraste
A ressonância magnética com contraste utiliza uma substância chamada gadolínio, popularmente conhecida como contraste, que é injetada de maneira intravenosa a fim de melhorar o diagnóstico de doenças como tumores e inflamações.
Em alguns casos, o diagnóstico não pode ser realizado de forma precisa sem uso de contraste.
Ressonância magnética com sedação
Apesar de desconfortável para muitas pessoas devido a necessidade de permanecer imóvel por um longo período em um tubo que aparenta ser estreito, a ressonância magnética não causa dor.
Por outro lado, existem pessoas que necessitam de alternativas para permanecer com a parte do corpo completamente imóvel, seja por terem claustrofobia ou por ficarem ansiosas nessas situações.
Nesses casos o método utilizado para que o exame seja realizado não é a sedação, mas a anestesia geral.
Durante a sedação, os pacientes podem acabar se movendo mesmo dormindo. A respiração é mantida na mesma intensidade e o tórax continuaria se movendo, o que pode prejudicar a imagem dependendo da área a ser examinada.
Diante disso, a sedação não é indicada e a anestesia geral é utilizada na grande maioria dos casos que necessitam de uma alternativa capaz de manter o paciente imóvel.
Nos casos em que as pessoas se sentem apenas ansiosas, um tranquilizante prescrito pelo médico pode ser suficiente.
Quando necessário a anestesia geral, o procedimento é acompanhado pelo anestesista. O paciente fica conectado ao aparelho de anestesia e um ventilador mecânico é utilizado para fazer a função da respiração – o que permite que o médico tenha acesso à boca e face do paciente, fato que não é possível na sedação.
Ao fim do exame, o paciente acorda suavemente após os anestésicos serem interrompidos. O médico continua acompanhando pressão arterial e monitorando o paciente enquanto o mesmo se recupera na sala de recuperação até receber alta.
Como se preparar para o exame de ressonância magnética
A preparação do exame de ressonância magnética é considerada simples. Veja os protocolos necessários:
- O paciente deve retirar todos os acessórios e objetos metálicos, como brincos, piercings e anéis.
- O paciente deve estar utilizando roupas leves. Em algumas clínicas, pode ser solicitado que ele vista a roupa hospitalar disponibilizada pelo local.
- Durante o exame, fones de ouvido e tampões podem ser oferecidos ao paciente para bloquear o barulho produzido pelo aparelho de ressonância.
- No caso do paciente possuir dispositivos metálicos como clipes metálicos para tratamento de aneurisma cerebral ou implantes cocleares, a ressonância é contraindicada.
- Há também situações no caso de fragmentos de balas de arma de fogo que ficam alojadas no paciente que podem impossibilitar a realização do exame.
O que comer antes da ressonância magnética?
Dependendo da área a ser analisada, como região pélvica ou abdominal, pode ser necessário que o paciente faça jejum de 4 horas antes da realização.
Mas no geral, o jejum é orientado pelo médico especialista de acordo com o caso.
Quando se trata do exame de ressonância magnético com anestesia, o jejum de 8 horas é indispensável porque se houver alimentos no estômago, há risco do conteúdo gástrico subir para os pulmões.
Ressonância magnética para obesos
A realização de exames de ressonância magnética já foi um problema para pessoas obesas. No entanto, a evolução dos aparelhos tem garantido que pessoas obesas não passem por situações de desconforto e possam ser atendidas sem prejuízos.
O equipamento tradicional de ressonância magnética – o tubo cujo uma esteira desliza o paciente para dentro do aparelho – comporta no geral pessoas até 120kg.
O canal considerado estreito gerava bastante desconforto tanto em pessoas obesas, quanto nos pacientes.
Nesse contexto, o equipamento de ressonância magnética de campo aberto tem se tornado uma solução popular, pois possui uma estrutura com um disco horizontal, aberto nas laterais e suporta até 200kg ou 240kg, dependendo do aparelho.
Nas clínicas que estão utilizando o aparelho de ressonância magnética de campo aberto, o benefício também aparece na redução do número de pessoas que necessitam de anestesia ou tranquilizantes, já que o aparelho permite observar o entorno.
Tatuagem e ressonância magnética: mito ou verdade
Pacientes que possuem tatuagem devem passar por uma avaliação antes de realizar o exame de ressonância. Isso ocorre porque algumas tintas contêm ferro, o que é contraindicado.
Da mesma maneira, é proibido o uso de maquiagem, spray de cabelo e demais cosméticos que podem conter ferro na composição.
Porque ressonância magnética faz barulho
Os barulhos do aparelho de ressonância magnética ocorrem devido às bobinas de gradiente, um dos 5 itens citados acima que fazem parte da composição da máquina de ressonância magnética.
O barulho é gerado quando aumenta a corrente elétrica nos fios dos magnetos gradientes. Dessa forma, dependendo da área e da sequência de imagens a serem geradas, pode gerar um barulho diferente.
É por isso que tampões ou fones de ouvido são entregues aos pacientes e acompanhantes a fim de abafar os barulhos que podem ser bem altos.
Máquinas mais recentes já estão contando com uma tecnologia silenciosa, criada para reduzir esse barulho.
Quem inventou a ressonância magnética?
Confira essa linha do tempo para entender como chegamos ao aparelho que existe hoje:
- 1882 – Nikola Tesla descreveu o campo magnético rotativo pela primeira vez, dando início ao avanço tecnológico e à pesquisa dos próximos autores.
- 1937 – O professor de física da Universidade de Columbia, Isidor Rabi, desenvolve o método para medir os movimentos dos núcleos atômicos e recebe o Nobel de Física por isso em 1944.
- 1946 – Felix Bloch e Edward Mills Purcell desenvolvem o primeiro método envolvendo ressonância magnética em matéria condensada. Os dois também receberam o Nobel de Física, em 1952.
- Na década de 1960, o médico Raymond Damadian deu início a pesquisa para detectar tecidos cancerígenos através de scanners utilizando ondas de rádio que mediam as emissões de átomos de hidrogênio local.
- Com base nas pesquisas de Raymond, na década de 1970, os autores Paul Lauterbur e Peter Mansfield utilizaram a ressonância magnética para produzir imagens do corpo humano.
A especialidade é mais uma entre tantas áreas da radiologia que já estão se beneficiando da telemedicina para armazenar, compartilhar, diagnosticar e emitir laudos à distância, encurtando o tempo de espera do paciente para obter um diagnóstico depois da realização do exame.
Além de oferecer imagens com alta nitidez e ricas em detalhes, a ressonância magnética é segura e indolor para os pacientes, e uma tecnologia responsável pela evolução nos tratamentos e diagnósticos promovidos na medicina radiológica.
Se o seu o seu centro de imagem ainda não utiliza os benefícios da telerradiologia na realização de exames de ressonância magnética, está na hora de conhecer os avanços promovidos pela tecnologia nesta área!
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